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Galeria – Foto da Semana

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Prova do Autor – Título: “Manaus” 1995 – 24X30cm em papel resinado brilhante Kodak. Cópia de trabalho para edição do livro Amazônia O Povo das Águas. A fotografia será entregue em montagem simples, sem moldura, com passe-partout em papel Crescent acid-free, sobre base de eucatex com vidro incolor fixadas com presilhas de aço. A assinatura poderá ser feita na frente da cópia no canto inferior direito com caneta preta permanente ou atrás com lápis.

Preço: R$ 1.100,00

Pé na estrada

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Barco Taba utilizado para fazer as fotos do livro Amazônia O Povo das Águas anconrado na margem do rio Solimões durante a colheita de juta.

Tucunaré a doré

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Este é o Almir, companheiro e comandante do Taba com um belo tucunaré pego no lago Acará no rio Madeirinha, no Amazonas.  Com o Taba, uma casinha muito confortável,  navegamos seis anos  para fazer o livro Amazônia O Povo das Águas. Juntos, dobramos muitas curvas de rio e tivemos o privilégio e o prazer de comer peixes frescos, pescados por nós em lagos de águas pretas, rios translúcidos de água esverdeada como o rio Sucunduri. O tucunare é um peixe “alegrinho” dizia o velho amigo Adamo Caetano. É um peixe para ser pescado com isca artificial de superfície para que o tucunaré mostre toda a irritação e violência com que ataca a isca. “A batida de um bicho grande em uma isca de superfície é igual jogar um bujão de gás de 20 quilos dentro d’água”, diz Gustavo dos Reis Filho, o Gugu, um grande pescador esportivo.

Mas, eu e o Almir tinhamos que decidir o que comer antes de sair para pescar. Quem escolhia o prato era sempre ele, o comandante do barco. A noite podia ser macarrão ou uma caldeirada de tucunaré. Para a caldeirada dois tucunarés de meio quilo cada era suficiente para os dois mas nem sempre conseguiamos acertar no tamanho.

Certa vez, na boca do Lago Baependi, no rio Negro, vimos tucunarés cercando um cardume de peixes no final da tarde. Quando atacavam podiamos ve-los inteiros saltando fora da água, “ali só tem gente grande” dizia o Almir. Pegamos vários. todos com mais de cinco quilos, nenhum que coubesse no nosso ensopado. Soltamos todos e ficamos sem caldeirada. O jantar foi um espaguete a carbonara, um dos preferidos do Almir.

O prato clássico do barco era o tucunaré a dorê que só podia ser comido no almoço para que o barco não ficasse cheirando a fritura durante a noite. Tinha quer ser peixe com mais de seis quilos,  para poder fazer postas de quatro dedos de altura que, depois de fritos, se soltasse em lascas úmidas.  Para comer tucunaré a dorê escolhiamos um bom barranco com sombra para atracar o barco e rezávamos para chover a tarde toda para não ter que trabalhar.

Arte de quem?

moringa-com-caneco1Lago Baependi, Rio Negro-AM – Foto publicada no livro Amazônia o Povo das Águas

Estes anjos da guarda…

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Lago do Inferno-Rio Solimões-AM

Os pescadores da comunidade do Piteira moram num conjunto de casas flutuantes e uma igrejinha, localizadas na região dos lagos Moura, uma área composta por mais de 300 lagos. Foto e legenda do livro Amazônia O Povo das Águas.

Arte de quem?

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Legenda do livro Amazônia O Povo das Águas

“Refinadissímos, os índios Baniwa e os Kuripako têm um olho peculiar para construir casas. Os salões comunitários de suas aldeias, onde se realizam as assembléias religiosas, são cobertos com palha de caranã. O piso é de goma de sorva e as tábuas dos bancos, talhadas no facão e na enxó.”

Estes anjos da guarda…

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Carregador do Porto de Manaus-AM

Os carregadores do porto de Manaus trabalham com chapéus feitos por eles mesmo de carpete sintético, grosso e impermeável. A pior carga para os carregadores é o peixe. Uma caixa com tambaquis grande, de até 10 quilos, “é lisa como sabão, ele se mexe la dentro”. A água do gelo derretido escorre por seus corpos. “É fresquinho, mas gente fede como pirarucu salgado”.

Legenda do livro Amazônia O Povo das Águas.

Artesanato Baniwa

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Eu ainda vou falar muito sobre os índios Baniwa e o Rio Içana. Em 10 anos fiz diversas viagens na região do Alto Rio Negro, a maioria delas para acompanhar o trabalho do ISA – Instituto Sociambiental, que começou com a Demarcação das Terras Indígenas do Alto Rio Negro em 1999. A maioria destas viagens  fiz com o Beto Ricardo, grande companheiro e ouvidor paciente de discursos intermináveis. Ele escreveu a carta de apresentação do meu livro Amazônia O Povo das Águas e tambem foi o curador-mor do livro.

Com os Baniwa comi muito peixe moqueado com beiju, conheci a quinhampira, tomei xibé e os “vinhos” de frutas, principalmente o de bacaba, meu preferido.

Nossa, tem muitas histórias e imagens para mostrar e falar sobre este povo que esta localizado na fronteira com a Colômbia.

Hoje quero apresentar o belo site que mostra a produção finissíma do artesanato Baniwa e tambem o pote de pimenta, que andou circulando na alta gastrônomia e fez um sucesso danado.

Aqui o site dos Baniwa e tambem o do ISA, que tem diversas publicações sobre os os povos desta região denominada Cabeça do Cachorro.

Destaque para os livros:

Almanaque Brasil Socioambiental e Povos Indígenas no Brasil

Sites:

www.artebaniwa.org.br

www.sociambiental.org

Arte de quem?

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Paraná do Mocambo

“Suspensas por palafitas  ou com a fachada no capricho, as casas da Amazônia apresentam cores irreproduzíveis, impossíveis de serem misturadas pelo fabricante, mesmo com a ajuda do computador. Só a ação do sol e a chuva são capazes de produzir tais tonalidades”.

Foto do livro Amazônia O Povo da Águas

Lançamento e bate papo sobre o livro Gente X Mato

 

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PEDRO MARTINELLI LANÇA “GENTE X MATO” – UM LIVRO SOBRE A AMAZÔNIA REAL

TIJUANA / GALERIA VERMELHO 

04 de abril de 2009, das 11 às 17h / 16h conversa com o autor

O desmatamento da Amazônia ocupa quase semanalmente as páginas de jornais e revistas, no Brasil. Apesar de ocupar uma posição de destaque na discussão global sobre o meio ambiente, e de representar cerca de 60% do território nacional, a Amazônia parece estar fora do mapa do Brasil.   

 A maioria dos brasileiros jamais a visitou, ou, quando o fez, limitou-se à área restrita de hotéis ou ao bumbódromo de Parintins.

 No imaginário brasileiro, a Amazônia ainda é uma mistura complexa e confusa de lendas e clichês exóticos, crimes e polêmicas ambientais.

O livro GENTE X MATO, do fotógrafo Pedro Martinelli (58), é um convite para conhecer a Amazônia real. Seu ponto de partida é 1970, ano em que teve início o grande projeto de ocupação da floresta, sob o comando do governo militar.  No mesmo ano, Martinelli conheceu a região como integrante de uma expedição que teve como objetivo contatar os índios Panará. Desde então, o fotógrafo não parou de percorrer e documentar a vida da maior floresta do mundo, cujas bordas vamos roendo pouco a pouco. 

Com 168 imagens, coloridas e P&B, registradas entre 1970 e 2008, GENTE X MATO  quer mostrar que a difícil e frequentemente devastadora ocupação da Amazônia é resultado das políticas equivocadas que tiveram início há quase quarenta anos. E que infelizmente continuam em vigor.

 Concebido e editado por Martinelli, pelo jornalista e roteirista Marcelo Macca, e pelo designer Ciro Girard, GENTE X MATO coloca uma lente de aumento sobre aspectos da vida na amazônia que o Brasil insiste em ignorar. Em formato tablóide, GENTE X MATO faz lembrar as antigas revistas que marcaram época na imprensa nacional, como Realidade e O Cruzeiro.

Outras publicações do autor: “Amazônia – o povo das águas” (Terra Virgem) e “Mulheres da Amazônia” (Jaraqui). 

 LANÇAMENTO:: GENTE X MATO, livro de Pedro Martinelli. Editora Jaraqui, 2008

DATA:: 04 de abril, de 2009, das 11 às 17h.

Preço:: 50,00

CONVERSA COM O AUTOR:  04 de abril, de 2009, às 16h

LOCAL:: Vermelho / TIJUANA

Rua Minas Gerais, 350 / 01244010 – São Paulo – SP – tel.: 11 3138 1520

http://www.galeriavermelho.com.br/ / info@galeriavermelho.com.br