“Um gostinho especial”

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sakuraQuarta feira passada almocei em Manaus  um prato de arroz, macarrão, farinha d’água e acém ensopado com batata. Só faltou o feijão que normalmente é servido com “verdura”, cenoura, repolho e pimentão. Produzido na terra só a farinha.

Um dia destes passei o olho numa pesquisa que colocava o Manauara nos primeiros lugares de uma lista que apontava as capitais com mais obesos do país. A alteração dos costumes é visível. É só dar um pulo no porto da cidade e ficar observando a sacaria e a lataria que são embarcadas nos barcos que vão para o interior do estado.

O peixe esta ficando cada vez mais caro e é muito mais trabalhoso lidar com ele do que com um pacote de frango limpo. A carne tambem é mais barata que uma”banda” pequena de tambaqui ou um quilo de tucunaré. Eu já vi couve-flôr no Carrefour sendo vendido a R$ 12,00 a unidade, enquanto o pacote de biscoito quase não tem diferença do preço que é vendido em São Paulo. Esta certo que a couve-flôr só viaja de avião mas, a diferença é grande.

Nas mesas dos restaurantes populares de Manaus junto com o sal, óleo e vinagre agora é muito comum ver um frasco de Shoyu Sakura. O acém que comi no almoço foi cozido e depois refogado com Molho Inglês, outra novidade que esta fazendo sucesso. A caldeirada de peixe fresco com cheiro verde e colorau, um clássico caboclo, corre o risco de ser servido com uma pitada de Molho Inglês, “para dar um gostinho especial”. 

2 Comentários

Tibério Ferreira   em 3 janeiro, 2010

A globalização em alguns lugares deveria (como reserva de mercado e “ditatorialmente”, por incrível que pareça) ser proibida porqué é “shit”.

Anselmo Coyote   em 7 janeiro, 2010

Minha primeira vez por aqui. Mas já li e apreciei “O Povo das Ãguas”. Me sinto mais ou menos em casa. Depois volto. Sempre volto quando gosto.

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