Turu, a bola da vez

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Todas as noites depois do jantar as mulheres marisqueiras do Pereru, uma vila de pescadores próximo a São Caetano de Odivelas, na costa do Pará, conversam sobre maré, ventos e armadilhas para pegar caranguejos. Tambem falam sobre a escala para utilização da casa de farinha da comunidade.

Caranguejos e mariscos tem preço bom e são vendidos para o consumo em Belém. O turu, um bicho com cara de minhoca gigante, cor de lula, e boca parecida com uma broca vive de roer pau podre no mangue, não tem mercado. Pouca gente conhece. Mas, parece que agora o turu virou assunto no andar da alta gastronomia porque o bicho é do departamento dos exóticos e, no mínimo, serve para jogar conversa fora ou fazer um programa de televisão, como fez uma chefe de cozinha.

O câmera colocou um turu em primeiro plano e as mil caretas da apresentadora no segundo fazendo suspense um bom tempo se deveria ou não experimentar o turu. Claro que não comeu, mas adorou o clichê e, ao invés de dar uma mão para melhorar a informação do estimado público não, deitou e rolou em cima do conhecimento caboclo além de ter sapateado na grana do patrão que estava bancando a viagem.

Se esta moça tivesse acordado cedo para acompanhar as mulheres no mangue, enfiado o pé no lodo para filmar a rachação de pau, visto as mulheres lavando turu numa possa de água salgada do mangue para comer com limão, ela descobriria que aquele povo não esta ali para criar pauta exótica para televisão, o turu naquele pedaço de Brasil é alimento.

Mas não, ela foi até o Pará usar o turu como “escada” para fazer um programa engraçadinho e, pior, voltou sem a receita sobre o caldo verde de turu, um clássico nas festas da região.

Como eles fazem o caldo verde de turu:

Eles lavam o turu e deixam de molho com limão uma meia hora.

Em um caldeirão fazem um refogado de cebola, alho, cheiro verde (coentro e cebolinha) e pimenta de cheiro. Acrescentam o turu e dão uma refogada rápida, colocam água quente ate cobrir e deixam cozinhar por cinco minutos. Em seguida polvilham farinha de tapioca e de puba até ficar em ponto de mingau ralinho.

Um comentário

MONICA BARBOSA   em 27 outubro, 2009

EU JÃ EXPERIMENTEI O TURU E APROVEI O RESULTADO DESTA IGUARIA. EU GOSTARIA DE CONHECER OUTRAS RECEITAS COM O TURU.

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