Relembrando a ocupação do sertão brasileiro
O jáu que estes dois Ãndios Kaiabà estão segurando deve pesar uns 30 quilos e foi o primeiro peixe de couro pescado no Rio Peixoto de Azevedo pelo pessoal da expedição de contado dos Ãndios Kranhacãrore chefiada pelos irmãos Villas Boas. Foi fisgado no final da tarde do dia em que a expedição encontrou o rio, quase um ano depois de ter partido a pé da Serra do Caximbo. Na chegada quase não se via o rio, de barranco alto,  ficava escondido por trás da mata densa. Uma enorme árvore foi derrubada dentro da água. Caminhando pelo tronco pudemos ter uma idéia do rio, tomar banho e pescar. O Ãndio KanÃzio, cozinheiro da expedição, que esta a esquerda na foto, amarrou um pedaço de pano no anzol de uma linhada de mão e arremessava recolhendo de forma que o pano viesse chacoalhando na flôr da água. Piranhas enormes e pretas atacavam a isca na superfÃcie.
Assim que escureceu o Ãndio Tariri espetou um rabo de piranha no anzol e lançou rio abaixo. Não demorou muito e ele pegou este jaú, que o puxou para dentro d’água, ele voltou para cima do tronco com ajuda de outros Ãndios com a linha na mão e o jaú fisgado, lutou, caiu no rio novamente, foi uma festa, a festa de chegada ao rio. Até aquele momento a expedição só se alimentava de carne de caça e o charque que raramente era lançado de avião. A comida desta primeira noite foi um banquete inesquecÃvel. Todas as piranhas pescadas foram cozidas, tomamos o caldo, comemos com farinha.
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