Presente de natal
Semana passada fui almoçar com o Professor Carlos Dória. Coloquei numa sacola de plástico os melhores tucumãs do Rio Tarumã em Manaus e fui encontra-lo no restaurante Frontera. Ele estava em uma mesa com a amiga Ana. Apresentei o tucumã e como sempre, não sei porque, comecei a despejar as últimas raivas passadas, sentidas na última andança. Desta vez, noves fora o balanço da viagem ao rio Ãgua Boa em RoraÃma eu tinha enroscado na garganta um assunto de tres semanas atrás. Em um evento em São Paulo chamaram a farinha do Uarini de “farinha ovinha”, professor. Como pode um povo que não conhece as suas farinhas ficar inventando moda com a cultura de uma região. Alguém ai, gente das “ovinhas”, já foi ao rio Uarini, sabe onde é? Depois ouvi outra pior, sobre o “remake” que fizeram no chibé mas, esta vai ficar para depois porque a raiva espanta o sono. O professor, sempre calmo, ouviu tambem o discurso do chibé e no final me passou o pacotinho embrulhado em jornal que esta na foto ai em cima. Um carpaccio toscano coberto de alecrim e folhas de louro. Ele levou os tucumãs pensando em uma manteiga.
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