Os índios gigantes

 

mampra

Sou um felizardo. Aos 20 anos conheci o fotógrafo Luigi Mamprin, um italiano de Veneza que chegou ao Brasil em 1949.  Juntos acompanhamos a construção da estrada Cuiabá-Santarém que avançava no rumo dos Kranhacãrore. Mamprin era fotógrafo da revista Realidade e eu trabalhava para o jornal O Globo. 

Eu fotografava o que podia e ficava quieto, quase não falava. Era confortável  passar o dia ouvindo histórias, de índio, de mato, de Leica, de branco, de caçadas, de milico, de caboclo, da Itália. Minha sala de aula.Nossa especialidade era falar de comida. Claudio Villas Boas mentalizava quase todas as noites um restaurante em São Paulo para fazer o trajeto a pé, na imaginação, detalhando ruas, travessas e referências comerciais até chegar no restaurante preferido. Mas não tinha jeito, quase todas as noites nos iamos parar no Gigetto para comer um capeletti a romanesca, o nosso preferido. Aprendi com o Mamprin a levar para o mato uma garrafinha de azeite extra vergine. “Caldo de piranha com farinha e um fio de azeite é uma iguaria”, dizia ele.

Um comentário

Eddy   em 8 maio, 2012

Boa noite, eu Mamprin Eddy, sobrinho Nino Mamprin que ra irmão de Louis, que está relacionado! Estou feliz que você escreveu, eu também estou procurando material sobre seu tio Louis! Espero ver você em breve e conhecer a história do Tio Luís!
Eu vivo em Itália, perto de Veneza.
Olá

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