“I Love You Panda”

aaa

A história desta foto é no Xingu e por muito pouco eu não fotografei esta onça viva atravessando a nado um igarapé de 10 metros de largura sombreado por árvores enormes que isolava um pedaço de terra e formava uma ilha onde os Kaiapó construiram quatro cabanas para receber turistas. Conheci as cabanas e tomei um café feito em fogão a lenha ao ar livre feito por uma índia, companheira de um rapaz branco, caboclo da região, que seria o guia e encarregado da hospedagem dos turistas dentro do Parque Nacional do Xingu. A idéia dos índios era fazer com que os turistas convivessem com eles um par de dias, fossem para o mato observar os bichos, pescar. Era uma boa idéia. Imagina poder fazer uma campana a noite em uma onça pintada. Vê-la ao vivo. Isso sim é o que a gente precisa ver. Fazer uma foto eterna, não destas que a gente pendura na parede, igual aquelas de zoológico. Foto sem câmera, que o brilho do olho do bicho e o movimento do pêlo não sai mais da lembrança.

bbb2

Continuei descendo o rio e três dias depois, voltando, parei no acampamento para tomar um café e encontrei o couro desta onça no varal. Segundo o encarregado do acampamento, logo que meu barco partiu ele atirou na onça que estava atravessando o igarapé na direção de sua mulher que cozinhava no fogão a lenha. No varal vi que o couro tinha sido tirado com esmero, estacas de madeira foram colocadas nas região das mãos do animal para deixar o couro esticado, coisa de gente que não dorme no ponto. Pobre bicho, pobre turistas, pobre Xingu. Daqui a pouco só vamos nos lembrar dos Pandas.

Um comentário

Edvaldo santos   em 30 abril, 2011

… ou então das toalhas de onça. Aquelas que sempre avistamos nas praias…

Comentar