Salve Pedro! Meu nome é Fabiano. Sou antropólogo, trabalhando na Amazônia, mais precisamente com os Panará. Por lá todo mundo conhece o livro com suas fotos! Esses dias apareceu por lá dois pedreiros da SESAI, antiga FUNASA, para arrumar o posto de saúde. Um deles, muito interessado, deu uma olhada no livro e perguntava a todo momento sobre as histórias que ali estavam. Um dia, conversando na beira do rio com ele, apareceu Sokrit. Conversamos nos três, eu, Sokrit e o pedreiro. O pedreiro, com suas perguntas, estava curioso sobre o contato com os brancos. Eu disse a ele, então, que o grande Ãndio da foto do 1º contato estava ali, na frente dele. O pedreiro muito se espantou, duvidou, e Sokrit contou sua história. Nessa história, Sokrit com sua risada deliciosa, relatou os pormenores daquele evento. Contou do Pedro, que fotografa de longe, e de como ele e seu cunhado, que aguardava mais atrás, se surpreenderam com o facão e o machado. Sokrit lembrou do açúcar e do gosto ruim da melancia naquele momento, e disse que não estava com medo naquela hora. Bem, pensei comigo: quando chegar na cidade vou escrever para o Pedro Martinelli contando essa história. A fotografia que rodou o mundo ainda esta viva entre os Panará! Abraços e até.
Fabiano, muito boa esta história. um abraço
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Fabiano Bechelany em 2 junho, 2013
Salve Pedro! Meu nome é Fabiano. Sou antropólogo, trabalhando na Amazônia, mais precisamente com os Panará. Por lá todo mundo conhece o livro com suas fotos! Esses dias apareceu por lá dois pedreiros da SESAI, antiga FUNASA, para arrumar o posto de saúde. Um deles, muito interessado, deu uma olhada no livro e perguntava a todo momento sobre as histórias que ali estavam. Um dia, conversando na beira do rio com ele, apareceu Sokrit. Conversamos nos três, eu, Sokrit e o pedreiro. O pedreiro, com suas perguntas, estava curioso sobre o contato com os brancos. Eu disse a ele, então, que o grande Ãndio da foto do 1º contato estava ali, na frente dele. O pedreiro muito se espantou, duvidou, e Sokrit contou sua história. Nessa história, Sokrit com sua risada deliciosa, relatou os pormenores daquele evento. Contou do Pedro, que fotografa de longe, e de como ele e seu cunhado, que aguardava mais atrás, se surpreenderam com o facão e o machado. Sokrit lembrou do açúcar e do gosto ruim da melancia naquele momento, e disse que não estava com medo naquela hora. Bem, pensei comigo: quando chegar na cidade vou escrever para o Pedro Martinelli contando essa história. A fotografia que rodou o mundo ainda esta viva entre os Panará! Abraços e até.