Fim do Kodachrome. Os fotógrafos sairam ganhando?

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Alguns fotógrafos deixam filmes vencer propositadamente para conseguir um efeito qualquer anos depois. Lembro que na Enfoco, em 1975, assisti uma aula sobre filmes e muitos fotógrafos usavam esta técnica como aplicativo para a fotografia. Já operei filme de dois, tres, e até dez anos de gaveta e o resultado é sempre uma loteria claro, porque depende sempre de como os filmes foram conservados. Mas, uma coisa é certa, os filmes, nas minhas contas, são muito mais resistentes do que reza os manuais dos fabricantes. Tenho um rosário de exemplos de quanto aguenta um filme debaixo de sol. Sempre me disseram que os filmes cor são mais sensíveis, delicados mas, estes Kodachromes estão comigo desde a Olimpíada de Seoul, vencimento 12/89, mais de 20 anos e provavelmente não seriam revelados não fosse o Dimitri Lee me avisar que os últimos seriam revelados em dezembro do ano passado em Nova Iorque. Eu pretendia guardar as caixinhas como recordação, ver a bobina de vez em quando, tatear a gelatina que é diferente dos outros cromos normais. Expor Kodachrome é zero latitude, 1/2 super ou sub, boa noite! alguém ainda lembra disso? Imagina, um Kodachrome nunca mais. Será que este mundo esta certo?

Bom, fiquei curioso e resolvi operar os quatro filmes e aproveitar a remessa que o Dimitri ia fazer junto com os filmes dele. Peguei uma M6 e uma MACRO-ELMAR 1:4/90mm. Para usar esta lente tem que “vestir” um segundo visor na M para fazer o foco de Macro, decidi puxar dois pontos, 800 ASA e sai fotografando minha casa. Publico duas fotos uma com exposição normal e uma com acerto de exposição no fotoshop.

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Um comentário

Ivan   em 31 janeiro, 2011

Bacana!
Eu tenho um Kodachrome 64 já exposto que esta guardado há uns 10 anos e certamente eu nunca vou conseguir revelá-lo. O que me resta é guardar a bobina de recordação mesmo….

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