Espelho da Lua

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Quem navega pelo rio Nhamundá,  divisa dos estados do Amazonas e Pará, vai observar do lado esquerdo de quem sobe um morrote que vai crescendo por cima das copas das árvores. É o começo da Serra do Espelho da Lua.  No ponto mais alto da serra o rio se abre em uma grande praça deixando o céu azul ficar estampado nas sua superficíe. O barco navega sobre as nuvens brancas refletidas na água espelhada, silenciosa. 

Ali é o Espelho da Lua, onde o navegador Francisco Orellanas avistou, segundo uma das lendas regionais, as mulheres Amazonas, que não tinham um seio para facilitar o manejo do arco. 

Em algumas das diversas versões da lenda do homem-boto, ele esta vestindo um smoking antes de mergulhar no rio para virar boto. O curupira tem no lugar do rosto um imenso umbigo e as Amazonas sequestravam homens que viviam do outro lado do rio, onde hoje esta a cidade de Faro, no estado do Pará,  para satifazer seus desejos  sexuais e depois serem devolvidos. 

A descrição do figurino do homem-boto e o tipo físico das amazonas fica por conta da imaginação de cada cada um, de cada região. O caboclo acredita  em todas as versões porque foi criado dentro de um mundo lúdico, mágico.

As crianças crescem sabendo que um dia vão ser anjo na procissão do Círio de Nazaré e as asas que elas tem nas costas são para voar até o céu.

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