Em tempo: + duas fotos de cuscuz

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Não resisti, quase nunca resisto e sempre acabo “pulando” (como disse outro dia no post do arco-íris) em cima dos pratos que me são apresentados. Principalmente os caseiros ou de restaurantes simples do interior, quase sempre servidos com  ritual de oferenda. 

Hoje, servi este cuscuz no almoço e antes da chegada dos convidados me encontrei fotografando novamente o arranjo e a textura deixada pelo pano. É compulsivo, eu não tenho jeito, eu sei. Principalmente quando quero provar para o mundo que o pano é fundamental para a feitura do cuscuz, sempre nas  minhas contas, claro. Tambem não tem como servir o prato sem contar uma história, imaginada e cada vez mais elaborada por mim, sobre os paulistas que abriram as primeiras picadas em direção ao centro do país. 

Não posso provar nada, mas imaginar como estes homens  entraram sertão adentro partindo de São Paulo carregando no lombo dos cavalos uma matula de farinha com carne de caça, provavelmente de porco do mato, eu posso. Fico imaginando o paulista Raposo Tavares sentado na picada em algum trecho entre São Paulo e Minas com a peãozada em volta comendo farofa de porco usando como prato uma  folha de banana do mato.

Com as câmeras de hoje pode-se sair do modo paisagem para o modo macro em segundos. Foco e exposição automática, uma facilidade para bater quantas chapas quiser com custo zero, novesfora a velocidade para se explicar, como é o caso deste post. Isto sim é um belo adianto.

Melhor que isso é comer comida do mato ouvindo histórias de mato.

Um comentário

Regina M.   em 7 maio, 2009

Lindas fotos, maravilhoso cuscuz. Regina

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