A jiquitáia vai virar “ovinha”
Pergunte hoje, 48 horas depois da degustação dos vidrinhos com pimenta o nome do rio onde vive os baniwa, a cidade e a comunidade que forneceu a pimenta jiquitáia para os 13 chefes, jornalistas e convidados que participaram da apresentação da pimenta no restaurante Dalva e Dito. O Estadão mandou um fotógrafo fazer as fotos dos vidrinhos para ilustrar o artigo ai de cima. Fotos no Jardins tudo bem. No lide, de cara a pitada exótica que adoramos “toda Ãndia amazonense baniwa leva para o casamento o seu jeito de preparar jiquitaia” mas, foto da pimenta, das comunidades maravilhosas que estão na margem de um dos rios mais bonitos do Brasil, isto não tem. As mulheres colhendo na roça, pilando, nada. Explicações sobre o sal que os Ãndios utilizam para misturar na pimenta, retirado da terra, os “barreiros” de tabatinga onde os animais se alimentam e os Ãndios fazem espera para caça-los, tambem nada. Alguém lembrou de perguntar se o sal adicionado à pimenta é Cisne?
Leo Levorin em 26 agosto, 2011
Olá
É meu amigo, o importante é o marketing, é como sair bonito na mÃdia, a historia, o folclore, os sabores originais, vendem pouco. Trabalho bonito faz o Gaston Acurió que valoriza o homem do campo, o cara que preserva a cultura, e ainda procura incentivar estas pessoas a viverem da labuta ancestral.
Obrigado pela ilustração em torno deste importante alimento, e o sal. O sal da terra. Inté Leo
Já já estas pimentas estarão em vidros, industrializadas, plantadas em Mogi da Cruzes e com a cara de algum “chef” midiático na embalagem.