A BR-163 e a Olympus Trip

abc13 Estas fotografias foram feitas no centro da principal aldeia Kranhacãrore que ficava a poucos metros de onde passa hoje a rodovia BR163, a Cuiabá-Santarém. O primeiro contato foi feito nas margens do Rio Peixoto de Azevedo próximo a ponte de concreto que liga as cidades de Matupá e Peixoto de Azevedo no Mato Grosso. Imagina, era a época da Olympus Trip, a fotografia que já embicava definitivamente para a automatização. Luigi Mamprim, fotógrafo da Realidade, tinha uma Nikon FTN triscando de nova com fotômetro, era o que tinha de melhor no fotojornalimo. O filhote de anta com um colar de contas no pescoço era bom sinal, melhor que ver as contas esparramadas pelo chão ao lado de espelhos quebrados a bordunadas. Os índios não resistiram, pegaram os presentes e a estrada passou. Os mestres Claudio, Orlando e Mamprim já estão no céu, os Panara estão contatados a quase 40 anos, a fotografia usa câmeras digitais que dispensa filme e até hoje é uma loteria sair de Cuiabá e chegar em Santarém, principalmente nesta época de inverno que são seis meses de chuvas.

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