Mixira de peixe-boi
As águas do Lago Badajós, no rio Solimões, estão bem baixas no final do verão.
“Tão baixas que nem o casquinho passa”, diz o caboclo.
Esta casa na beira do lago é flutuante e no inverno, no pico da cheia, estara flutuando no alto do barranco que se vê a esquerda na foto.
Enquanto a mulher prepara as tripas do peixe-boi para fazer a mixira, a linguiça cabocla, para conservar a carne por mais tempo, os homens separam a banha da carne que ocupa quase todo o tablado de madeira.
Esta é a amazônia real, invisÃvel e ainda não compreendida pela maioria dos habitantes dos gabinetes, debruçados sobre fotografias de satélite, fazendo contas do mato derrubado, calculando  a temperatura do planeta.
Como fazer o lago Badajós que esta a 30 horas de barco de Manaus ser auto-sustentável?
2 Comentários
Helcio J. Tagliolatto em 19 fevereiro, 2009
Martinelli, eu o conhecia dos tempos da VEJA, e depois tive a grata notÃcia de sua viagem à Amazônia. Tendo morado por 15 anos em Manaus,conheço uma parte daquela vida, e é com grande satisfação (e esperança para aquela gente) que tenho lido seus recentes comentários entrevistas sobre a terra e o povo de lá: simples, verdadeiras, fruto da observação sem preconceitos. Parabéns. Acho que com isso você contribui muito para que o brasileiro deixe de pensar que aquilo é só mato.
Que nunca nos falte o jaraqui de águas limpas.
Pepe Mélega em 14 fevereiro, 2009
Que delicia encontrar se Blog é bom ter o que ler vinde de gente que gostamos e admiramos. Já estou anexando o endereço ao meu Blog.
Saúde, paz e muitos “piques” em águas patagonicas.
Abraços