Tri-X

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O barco vai sendo tocado e a vida pregressa que sempre foi exposta com filme vai sendo encoberta aos poucos até que, uma destas chapas feitas com a última luz do dia comparece seguida da pergunta inevitável: sera que daria para expor esta foto hoje, do jeitinho desta aqui? Não sei. Esta aqui foi feita com TMAX 3200 puxado para 6400 e mais alguma coisa. Este mais alguma coisa era feito com a Bete Savioli em função do tempo de revelação, da temperatura do banho e da história de como tinha sido feita a foto. O placar final ficava assim: “então vamos revelar 6400 mais 2 1/2 minutos”. Se entrasse uma leve velatura, melhor ainda, menos contraste. O que enche a paciência na fotografia digital é que tudo é muito preciso, cortante, excessivo, explícito. Com pixels e megas não há conversa.

Um comentário

Ricardo   em 31 março, 2010

Linda Foto! Adoro vir aqui e ainda ver fotos como essa, feita com as sutilezas do filme e do fator humano no processo. Venho estudando fotografia de forma autodidata usando Tri-X, TMax e HP5 e sou apaixonado pelo resultado final desse processo. Então depois de acompanhar seu blog me animei e comprei uma G9 pra ver o que dava. Confesso que a praticidade é inegável mas não consigo me adaptar ao resultado final, principalmente na hora de passar pro papel. Acho que pixels e megas ainda não falam a mesma lingua que eu.

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