Rios Piqueri e Itiquira no Pantanal/MT
Esta tabela de preços esta afixada em todos os comércios ao longo da BR-80 antes de chegar na balsa que atravesssa o Rio Xingu. Quem opera a balsa são os Ãndios que estipularam um custo de seis reais para passageiros, conforme se pode ver no último Ãtem da tabela aqui publicada. Acontece que os Ãndios estão cobrando 10 reais e os comerciantes estão pensando em retaliar, repassando a diferença da tabela para as despesas que os Ãndios fizerem no comércio.
Viajando pela BR-80 a visão de cima de qualquer ponte que se pare para dar uma olhada no rio é de assustar. As lavouras gigantescas são pulverizadas com avião e com as águas o veneno acaba sendo carreado para os rios. Como se pode ver na foto, o pasto chega até na beira do rio e o gado bebe a água contaminada por mercúrio dos garimpos da região. Cadê a mata ciliar obrigatória na beira dos rios? Esta é a região do Travessão 1 da Gleba União na BR80, as estradas são de terra mas estão bem conservadas e todas as propriedades tem luz elétrica.
Ao longo da Rodovia BR 163, a Cuiabá-Santarém, milhares de castanheiras mortas apontam a galhada seca para o céu como troféus de uma época, estão isoladas nos pastos e campos de soja. Vendidas em sacos de cebola custam mais caro que as castanhas selecionadas da Feira da Ãgua Branca.
Panelada como manda o figurino, a tradicional da terra de dona Luzia leva bucho e mocotó. A refeição custa 6 reais e acompanha farinha de puba e arroz. “Todo dia tem panelada, carne de gado, carne de porco, sarapatel e frango”. Por 10 reais dona Luzia serve um porção de cada mistura e uma garrafa de TubaÃna em sua casa no Peixoto de Azevedo, cidade onde se localizava as aldeias Kranhacârore.
Estas fotos foram feitas ontem, domingo, de dentro do carro entre as cidades de Guarantã do Norte e Sinop. Passei a semana na região comparando e relembrando a floresta deslumbrante que conheci em 1970. Na verdade, inconformado com a nossa bárbara capacidade de destruição.
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