Pagando os pecados (1)

cortando

O governo do Pará descobriu uma maneira de pagar os pecados na terra e garantir um lugar no céu. A prova que a floresta nativa e um verde qualquer é a mesma coisa esta nesta notícia que a Folha de São Paulo publicou na semana passada(leia notícia abaixo). Imagina, espetaram no que já foi uma delicada camada úmida de humus, composta de folhas, do solo amazônico 220 milhões de pés de eucalipto, 1/3 do que ainda pretendem espetar para deixar tudo verde e sair bem na foto que o satélite vai fazer. E, para afastar definitivamente a possibilidade de ir para o inferno seguem o Código Florestal que permite o plantio de “espécies exóticas como pioneiras, visando a restauração do écossistema original.” Agora só falta contabilizar quantos campos de futebol de eucalipto o estado do Pará terá no final da “restauração”

“Pará repõe floresta nativa com eucalipto

O governo do Pará mudou as diretrizes de seu programa de recomposição de áreas desmatadas na Amazônia e passou a contabilizar espécies exóticas, como eucalipto, para se aproximar da meta de 1 bilhão de árvores. Quando lançou o programa, o governo previu somente o plantio de espécies nativas. Mas 65% do reflorestamento deverá ser feito com eucalipto, planta original da Austrália. Com a mudança, o governo diz já ter autorizado o plantio de 222 milhões de árvores, quase um quarto da meta. A predominância do eucalipto corre devido à demanda da indústria siderúrgica e de celulose. Segundo a Sema, o programa segue o Código Florestal brasileiro. A legislação permite o plantio de “espécies exóticas como pioneiras”, de forma temporária, “visando a restauração do ecossistema originalFSP, 28/11, Ciência, p.A22

Um comentário

cris couto   em 8 dezembro, 2009

um absurdo que nos deixa sem palavras…

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