Amor a camisa

Elenice Ferrari do Dedoc da Editora Abril me informa que a foto é de Orlando Abrunhosa e foi feita no jogo Brasil X Uruguai.

Camisa limpa como a alma destes jogadores inesquecíveis. Nas comemorações não se via nenhum deles abrir os braços para os céus, não ensaiavam coreografia, era tudo espontâneo  e muito menos cometiam a grosseria de enfiar  o dedo polegar na boca para comemorar o gol. Com filme preto e branco grandes fotógrafos fizeram primeras páginas memoráveis sobre o futebol brasileiro. Era um prazer ver os cadernos de esporte dos quatro grandes jornais do Rio e São Paulo. Hoje, a cor impera e, pior, o que interessa é foco cortante e cores saturadas. Quanto mais nos extremos da curva melhor. A cena: jogador vestindo uma camisa com tres patrocinadores que tem logos de cores e tamanhos diferentes, o nome do atleta nas costas, uma chuteira que pode ser cor de rosa e laranja, meias cobrindo o joelho, calção abaixado, gola levantada, corte de cabelo moicano e um brinco em cada orelha. Sem dúvida um personagem. Agora, guarde esta meia página e de vez em quando compare com o que voce vai ver publicado na cobertura da Copa das Confederações, novesfora o futebolzinho, não é?

Tem ainda uma pior, ou melhor, pior ainda: a foto publicada nesta página do Estadão tem crédito “Divulgação”, foi fornecida pelo Museu do Futebol para divulgar o Cinefoot. Como pode uma foto que faz parte do Acervo de um Museu andar sem crédito, sem o nome do autor desta fotografia que é um dos marcos da Copa de 1970?

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