Arquivo / março, 2010
Ciervos,bois,corderos…
Nada de mais, só umas chapinhas de esbarro, algumas feitas de dentro do carro, registros que o coração é quem aperta o obturador despreocupadamente. A águia que voa nas alturas me deixou chegar perto para encher o quadro com uma zoonzinha num fundo bacana. Os dois, eu acho, estavam de bem com a vida naquela manhã. Ela sacou que era só uma fotinha de nada e fez pose. Agora que aprendi a usar o manual da câmera digital não encontrei nada na viagem que desse vontade de fotografar em preto e branco. Mas, bom mesmo é ficar olhando aqueles campos silenciosos, tentando ouvir alguma coisa para ter certeza que o silêncio existe mesmo mas, só o vento apita. O gado Hereford que tem cara de bicho de pelûcia, come um pasto verde, denso nas baixadas das montanhas, é a parte do deserto de solo rico em leguminosas nativas, sem defensivos agricolas. Este é o diferencial dos bichos daquela região. Bois, ciervos, corderos, chivos e javalis comem o melhor pasto da Argentina.
Mapuches
FamÃlias de pastores Mapuches vivem nas margens do rio Malleo, um dos mais famosos rios de trutas da Patagônia Argentina. Moram em pequenas casas de madeira, não pescam porque as trutas foram introduzidas e não fazem parte da cultura milenar deles. Não se vê nenhuma verdura de folha ou legumes plantada. Nenhuma roça de milho mas fazem uma espécie de tortilha com farinha de milho comprada. Comem pão e tomam mate. A vida é carne de carneiro e as crianças são criadas com leite de cabra. Os pastos de leguminosas nativas dão um gosto absolutamente único para a carne que é assada em enormes fogões a lenha.
Sombra, água fresca e natureza respeitada
Truta marrom
Todos os mais de trezentos rios das ProvÃncias de Neuquén, Rio Negro, Chubut, Santa Cruz e Tierra del Fuego na Patagônia, a maioria dentro dos Parques Nacionais Argentinos tem um regulamento de pesca especÃfico para cada rio. A grande maioria é de “captura e devolucion”dos peixes. Não se pode matar nenhuma truta, em alguns poucos rios pode-se matar duas com menos de 30cm por pescador. Em outros apenas uma por temporada com mais de 60 cm. A grande maioria permite somente a modalidade môsca e os anzóis não podem ter “rebarba”, a fisga que dificulta a retirada do anzol. O peixe tambem não deve ser esgotado para que tenha boas condições de soltura.
Jovens cozinheiros aprendem fazer uma tapioca como esta nas escolas de culinária do Brasil?
As mulheres da Comunidade do Pereru, na costa do Pará, próximo a São Caetano de Odivelas, se revezam na utilização da Casa de Farinha da comunidade. Depois que a farinha de mandioca é torrada aproveitam o fogo baixo do forno e assam beijus de tapioca na folha de bananeira. Os “pacotinhos” de beiju são presos com pequenos pedaços de pau soltos até que o calor da chapa faça com que a farinha se una e possa ser manejada com as mãos até dar o ponto de cozimento de acordo com o gosto de cada famÃlia.
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